18 dezembro 2009

Centenário do Montréal Canadiens



O maior vencedor da história da NHL completou, no último dia 4 (sexta-feira), 100 anos de glória. Houve ainda uma cerimônia a fim de aposentar as camisas de número 3 e 16, usadas pelos ex-jogadores Émile Bouchard e Elmer Lach, respectivamente (com isso, o Canadiens se tornou a equipe que mais aposentou camisas, num total de 15)

Na foto ao topo da página (créditos ao site cbc.ca), Guy Lafleur lidera a corrida (pulando a borda), seguido pelos companheiros (da esquerda pra direita) Yvon Lambert, Doug Risebrough, Mario Tremblay e Pierre Mondou, que comemoravam o título (quarto consecutivo) sobre o New York Rangers (4 a 1), na final da Stanley Cup de 1978-1979.

Vindo de uma sequência de quatro derrotas, o Habs (como são carinhosamente chamados) cumpriu a honrosa tarefa de ganhar o jogo no dia em que o clube completaria um século de existência (1909-2009), despachando o Bruins por 5 a 1 em pleno Centre Bell.

Nessa mesma noite, os torcedores vibraram além de uma simples vitória recheada de homenagens (clique e confira como foi a celebração de aniversário do mais antigo clube dos Original Six), sorriram felizes e contentes por terem uma equipe que chegou no centenário tão cheia de grandes nomes no gelo, tantas conquistas e, obviamente, tanta história no grande livro do hockey ao longo desses 100 anos.

A pergunta agora é: onde está o glorioso Montréal Canadiens de antigamente?

Desde seu último campeonato ganho (1992-1993), a franquia de Montréal nem se quer passou das semifinais nos playoffs. Ao todo, soma 24 títulos na liga, e maioria deles por uma única razão: na época entre 1955 e 1979 o time era tão avassalador a ponto de conseguir mais da metade de feitos do que obtém hoje (em sua totalidade), vencendo 15 das coincidentes 24 copas disputadas nesse período.

Porém, qual o motivo dessa decaída? Seria azar (contusões, irregularidade, intrigas, etc.) somado com a falta de bons jogadores? Talvez.

Há quase 60 anos atrás, na temporada de 1939-1940 (ainda disputada entre sete times somente – um deles já não pertencente à atual NHL), a principal equipe canadense de ice-hockey estava arrasada, e terminara em último lugar na ocasião. Após esse grande fiasco, a "bomba" foi lançada a Tommy Gorman, o qual foi chamado para se tornar o novo General Manager do Habs.

Tendo poucos jogadores acima da média no time, por assim dizer, Gormam utilizou seu grande potencial de "olheiro" e adequação de grupos, além da grande ajuda de um jovem brilhante chamado Maurice Richard. Tais fatores levavam, quatro anos posteriormente (1943-1944), o Montréal Canadiens à sua quinta conquista da taça Stanley Cup.

Mais tarde, em 1946, Frank Selke tomou o lugar de Gorman e fez um trabalho ainda melhor. Ele aprimorou o recrutamento de novos jogadores, em Québec, e tempos depois a recompensa veio à tona: cinco títulos consecutivos na liga (1955-1956 a 1959-1960), marco inusitado da NHL.

A partir daí, o Canadiens faturou ainda muitos troféus, até chegar ao ano de 1993, quando foi campeão pela sua última vez (até então) e, completando no centenário, 15 seasons na "seca", fato nunca ocorrente desde sua fundação.

Para os velhos aspirantes desse esporte, fica a saudade de rever uma equipe que sempre entrava nos rinques pra jogar de forma única, combinando leveza e beleza, além de sua tradição em excelência fora do gelo, tal qual certamente contribuiu muito para que o Habs completasse, nesse início de dezembro, 100 anos de história.

Feliz aniversário, Montréal Canadiens!

1 comentários:

Juan Valencia disse...

Problema do Canadiens é o que postei no Fórum Center Ice há um tempo atrás, a época do Original Six já passou, a liga se tornou muito mais competitiva desde o ultimo titulo do Canadiens, por isso o time deu uma recaída em títulos. Tanto é que pelo primeira vez na história o time não ganhará uma Stanley Cup em uma decada.Desde 1009 o time ganhou pelo menos 1 Stanley Cup em cada década.

Abraço!

19 de dezembro de 2009 às 06:13
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